Não há coisa que faça mais confusão dizer à mais simples das almas:
- Eu pesco, mas liberto depois os peixes para a água..."
- Mas vivos?
- Sim!
- Mas deita-os fora, é?
- Não, não deito fora. Deitar fora é por no lixo e não é isso que faço. O que faço é libertá-los na água, o mais vivos possível para sobreviveram sem problemas!
- Então e porquê, não gosta de peixe é?... ou o que pesca não presta para comer??
- Nem uma coisa nem outra. Liberto, porque acho que têm mais valor vivos, do que no prato e porque posso depois apanhá-los mais tarde e ainda maiores...
- Ha... sim... tá bem... Mas se não os quiser traga-mos, que eu gosto muito de peixe do rio...
- Não, não percebeu, eles escapam-se-me sempre das mãos, porque são muito escorregadios e caem na água, percebe?
- Héee...
Acaba invariavelmente assim.
Não percebe.
Não percebe porque é que temos que ser nós a preservar, quando deveria ser o Estado, que nos cobra as licenças e dá-nos NADA em troca. Nem fiscalização, já para não falar de repovoamentos.
Não percebe, que se numa brincadeira de crianças um deles rebentar sucessivamente os balões que apanha, rápidamente se acaba a brincadeira.
É o que fazemos... brincamos com os peixes!
E não queremos nada que a brincadeira acabe por nossa culpa...
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