"Se as várias estimativas que temos recebido se concretizarem, em 40 anos ficaremos sem peixe"

- Pavan Sukhdev, economista e consultor da ONU, sobre o eventual esgotamento dos recursos piscícolas a nível mundial, em 2050 (In Visão 20/26 Maio 2010)

Mostrar mensagens com a etiqueta Tecnologias na pesca. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Tecnologias na pesca. Mostrar todas as mensagens

domingo, 24 de janeiro de 2010

O Windguru


Um dos aspectos importantes para quem vai pescar, é saber com antecedência qual o estado do tempo durante a jornada. Este conhecimento antecipado é importante por vários motivos: saber os factores que influenciam directamente a acção de pesca, como o vento ou as trovoadas, ou os que influenciam o conforto do pescador.

O site de meteorologia que utilizo, inclusive por motivos profissionais e que me dá, desde há anos, mais garantias de fiabilidade é o Windguru. Para saber como vai estar o tempo no local, ou perto do local onde vai estar, basta escolher o local de entre os disponíveis, na janela "ESCOLHA LOCAL" e clicar em "Ir!"

Para além da fiabilidade, fornece previsão meteorológica de três em três horas, excepto no período das 21H00 às 03H00 em que o intervalo é de seis horas.

São vários os dados fornecidos: Velocidade do vento, direcção do vento, quantidade de precipitação, temperatura nebulosidade, ondulação, período da vaga e direcção da vaga, (para os locais junto ao mar) entre outras.

Segundo o próprio site, “o Windguru é um serviço especializado em previsões meteorológicas, orientado para os amantes de windsurf e kitesurf (entre outros...). As previsões são baseadas em modelos meteorológicos estando o Windguru em condições de fornecer previsões para qualquer local no planeta Terra. A principal razão que levou à criação deste site foi a obtenção de previsões de uma forma simples e rápida sem necessidade de pesquisar uma série de mapas meteorológicos através da internet.”

Refere ainda que “As previsões que pode visualizar neste site não são declaradamente previsões oficiais; o Windguru desenvolveu o site apenas para ajudar os utilizadores nas previsões. O que vê são tão-somente dados numéricos convertidos num formato legível pelos humanos; cabe-lhe a si decidir a forma de os interpretar. Note que os modelos são apenas... modelos; a previsão do tempo é extremamente difícil e os modelos que utilizamos bastante complicados. É normal que as previsões sejam imperfeitas".

Exemplo de uma página de informação meteorológica semanal

"As previsões são apresentadas em tabelas que mostram como serão as condições meteorológicas nos próximos dias num dado local. Sendo certo que a velocidade e direcção do vento são as informações mais importantes, são ainda indicadas a temperatura, precipitação, nebulosidade e vaga (para os locais no mar). É claro que esta não é a única informação que poderá consultar neste site: existem também um histórico de vento, previsão de marés, alguns mapas com previsões, "Previsões Top", pesquisa, um pequeno fórum para utilizadores... e espero que apareçam novas facilidades. No entanto, a base do Windguru serão sempre as tabelas de previsões. No rodapé da tabela está um atalho MapQuest (que é um bom servidor de mapas - se clicar aqui verá a posição do local num mapa), as coordenadas do local e o fuso horário - se este estiver correcto, os horários de inverno e verão deverão ser automaticamente seleccionados. Ao lado do pequeno ícone com um sol estão as horas do nascimento e ocaso do sol na hora local (estas são as horas reais do nascimento e ocaso do sol e não as do amanhecer e entardecer) ”.

A versão Pro, que exige subscrição, permite mais funcionalidades, mas garante ao mesmo tempo a subsistência do site, extremamente útil para quem, por qualquer motivo, vai estar exposto aos elementos naturais.

domingo, 13 de dezembro de 2009

A sonda na pesca e náutica


A sonda é um dispositivo cada vez mais comum nas embarcações, quer estas sejam de pesca ou de passeio, mas que ainda deixa com dúvidas muitas pessoas que consideram a sua aquisição, funcionamento e utilidade.

Uma sonda que vulgarmente utilizamos na náutica de recreio e pesca é constituída por uma unidade central, que possuiu também o display de cristais líquidos e cérebro do sistema, e um transdutor. O princípio de funcionamento é bastante simples e baseado no conceito vulgarmente conhecido por sonar, utilizado há muito nos submarinos. Embora o transdutor seja uma peça apenas, é construído internamente por dois elementos, o emissor e o receptor de sinal. A unidade central produz um impulso eléctrico que envia ao transdutor pelo cabo condutor. Aqui o elemento emissor converte o impulso numa onda sonora, que é propagada facilmente pela água, graças às excelentes características dos líquidos na propagação de sons. Quando esta onda sonora em forma de feixe atinge qualquer objecto, é de imediato reflectida – o eco, regressando ao receptor do transdutor onde irá ser convertida em novo impulso eléctrico e devolvida à unidade central. Esta unidade trata o sinal e com base numa sequência constante de impulsos enviados e recebidos em pouco tempo, cria uma imagem representativa dos objectos e fundos que foram atingidos pelo feixe e devolvidos pelo seu eco. Para determinar as distâncias a que se encontram os objectos reflectidos, é utilizada a velocidade de propagação na água, previamente conhecida e constante, tendo em conta o tempo decorrido entre a emissão dos impulsos e a sua recepção pelo receptor do transdutor. Por isso é que a maioria das sondas actuais permite a escolha dos dois tipos de água, doce ou salgada, porque a velocidade de propagação é ligeiramente diferente devido às densidades específicas, diferente nos dois tipos de água.


Transdutor (fonte www.humminbird.com)


Claro está que potencialmente qualquer objecto encontrado em suspensão e reflectido, será considerado um peixe, quer seja um cágado, uma rã ou um pedaço de madeira. As sondas mais modernas podem representar os arcos dos objectos que correspondem justamente á área de reflexão, sendo neste caso possível com alguma experiência do operador, distinguir os diferentes alvos atingidos.

Colocação do transdutor

Se a colocação da unidade central não acarreta grandes complicações no desempenho do sistema, o mesmo já não se pode dizer quanto ao transdutor, considerando as formas mais comuns.

Uma é no interior do casco da embarcação, colado directamente no fundo com resina, se o casco for de fibra de vidro. Se o casco for noutro material já não é possível a utilização deste método. Ainda assim se no casco existirem bolhas de ar, ou espuma, a eficácia é de imediato comprometida.

No método externo e mais vulgar, o transdutor fica directamente em contacto com a água, não se colocando à partida a possibilidade de problemas na emissão e recepção dos sinais. Alguns transdutores estão equipados com sensor de temperatura da água e velocímetro, sendo este o único método possível para um desempenho real destas funcionalidades. No entanto a montagem deve ser efectuada num local onde não se vão formar bolhas de água e/ou cavitações durante a deslocação, sendo importante o facto do casco ser liso no alinhamento em direcção à proa e ausente de nervuras que possam produzir bolhas de ar.

Outra possibilidade de colocação de um transdutor externamente é no motor eléctrico, processo habitualmente utilizado pelos pescadores de achigã. A vantagem é a possibilidade de “ver para a frente” e não para trás, bem como direccionar o feixe lateralmente para o local pretendido.

Características

Qualquer sonda possui diversas características que deverão ser consideradas aquando da sua aquisição, dependendo das nossas necessidades e das condições dos locais em que pescamos.

Potência, indicada em Watts: Quanto maior a potência, maior a profundidade atingida e maior detalhe na apresentação dos ecos.

Frequência: frequência do sinal sonoro enviado ao transdutor. As frequências baixas são mais indicadas para águas profundas e no mar, enquanto as mais altas são indicadas para a água doce.
Resolução do display, quanto maior for a resolução mais detalhe, definição e real será a apresentação das imagens no visor.
Ângulos (s) trata-se do(s) cone(s) produzido(s) pelo emissor. Quanto maior for o ângulo do cone, melhor funciona a baixa profundidade e menos detalhe produz em grande profundidades, onde será preferível um ângulo inferior.

Funções genéricas

Fish ID – Identifica os reflexos como peixes e permite em alguns modelos a utilização de um alarme sonoro, consoante o tamanho de peixe seleccionado, para alertar o utilizador.
Zoom – Permite a selecção de uma gama de profundidades para melhor percepção da imagem. Ou seja se escolhermos a escala de 15 a 30 metros embora se perca informação dos primeiros 15 metros, teremos maior detalhe do fundo do que se mantivermos a habitual escala de 0 a 30 metros.

Deep Alarme – Permite o ajuste de uma profundidade mínima e sempre que esse valor é inferior ouve-se uma alarme sonoro.

Combinado Sonda e GPS (fonte www.humminbird.com)


Estes são os pontos comuns nas várias sondas de gama média e porventura as mais utilizadas na pesca quer em água doce ou salgada. Outras há, específicas de cada marca e de igual forma úteis e importantes para os utilizadores. Ainda assim os fabricantes estão constantemente a introduzir alterações nos equipamentos sendo já bastante comuns as sondas com GSP, mantendo no mesmo aparelho as funções dos dois equipamentos, com todas as vantagens e inconvenientes que isso acarreta.

domingo, 9 de agosto de 2009

Motor eléctrico para kayaks


A Torqeedo, empresa de origem alemã fundada apenas em 2005, é fabricante de vários tipos de motores eléctricos de propulsão para a náutica de recreio. O nascimento da companhia prende-se de alguma forma devido às crescentes restrições na utilização de motores de combustão em muitas águas interiores, um pouco por toda a Europa.

Desta forma, a Torqeedo apresentou recentemente o primeiro motor eléctrico específico para kayaks, o modelo Ultralight 402 completamente estanque, com várias opções de comando, bem como uma funcionalidade tipo “homem ao mar”, tal como os motores de combustão.

A proposta inclui diversos extras normalmente adquiridos separadamente, como a bateria, o carregador e o comando, apresentando-se assim como um produto “chave na mão”, bastando apenas proceder à sua instalação.

A Torqeedo é representada em Portugal pela J. Garraio & C. Lda. com sede em Lisboa.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Teste de campo à Olympus 790SW

Resolvi há dias fazer um teste definitivo à minha mais recente máquina fotográfica, a Olympus 790SW. Foi presa pela pulseira lateral à linha da cana de pesca e atirada em modo de filme, para a cascata de uma ribeira de águas límpidas.
Peço-lhe que incline a cabeça em direcção ao ombro direito, porque obviamente a filmagem ficou inclinada, uma vez que a pulseira de segurança se encontra do lado direito.

A outra característica que me levou a comprá-lá "Suporta quedas até 1,5 m" fica para outra ocasião.

Resultado: Continua operacional!

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

O GPS - como funciona?


Uma das tecnologias cada vez mais utilizadas pelos pescadores, principalmente os que pescam embarcados, é a do GPS. A variedade e proliferação de modelos, a par do abaixamento dos preços, também vulgarizou a sua utilização nos restantes transportes, particularmente nas viaturas, sendo um precioso auxiliar nas viagens por estradas e caminhos desconhecidos.
Este sistema, criado pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos e com fins militares, foi posteriormente disponibilizado para a população civil de todo o planeta, embora o seu controlo e manutenção continue sob jurisdição do referido Departamento.
Existem actualmente dois sistemas de Navegação Global por Satélite em operação: O sistema GPS (Global Position System) Americano e o mais utilizado pela sociedade civil e o sistema GLONASS (Global Navigation Satellite System) Russo.
Um terceiro sistema denominado Galileu está em desenvolvimento na Europa com o objectivo de aumentar os níveis de precisão, importante para a segurança em todo o género de transportes, sem ser necessário expandir os sistemas existentes. Ainda assim, os sistemas GPS e GLONASS estão a ser desenvolvidos para conseguir uma maior precisão, utilizando estações terrestres e satélites geostacionários em regiões específicas.

Como funciona
Qualquer sistema de navegação e posicionamento global é constituído por uma constelação de satélites que circundam o planeta e transmitem sinais de rádio de alta-frequência. Estes sinais contêm dados de tempo e posição, que são recebidos num receptor - o nosso receptor GPS, e permitem obter a localização precisa, em qualquer ponto do globo em que nos encontremos.
Os satélites dedicados ao posicionamento global transmitem ininterruptamente informações sobre períodos de tempo e posições, à medida que giram numa órbita geoestacionária. O receptor de GPS recebe essas informações e utiliza estes dados para calcular a sua posição exacta a partir da triangulação de satélites. Ao receber informações da posição de cada satélite, o receptor compara a hora a que os sinais foram transmitidos e a hora a que eles foram recebidos, calculando assim a distância a que cada satélite está, bem como a sua própria posição.
Como se percebe, a medição do tempo torna-se um factor extremamente importante, pelo que a sua precisão dos relógios de todo o sistema deverá ser máxima. No caso dos satélites, utilizam-se relógios atómicos que recorrem à excitação do átomo de Césio 133, que vibra com uma frequência de 9.192.631.770 por segundo e cuja precisão não foi ainda ultrapassada por nenhuma tecnologia de medição do tempo.
Para o mínimo de precisão, o receptor necessita de informação recebida de pelo menos três satélites, que depois é apresentada como coordenadas no display do aparelho. Como sabemos, todos os locais do planeta são identificados por dois conjuntos de números denominados coordenadas. A coordenada de um local é o ponto exacto onde uma linha horizontal designada latitude, se cruza uma linha vertical designada longitude.
Desta forma e conhecendo a sua posição instantânea, além das coordenadas, o receptor de GPS facilmente calcula com precisão a velocidade - se estiver em deslocação, bem como tempos de viagem, distância percorrida, azimute, altitude, etc.. Pode inclusive fazer gráficos de altitude, traçar percursos, memorizar rotas percorridas, distâncias até ao destino, dependendo do grau de sofisticação de cada receptor.