"Se as várias estimativas que temos recebido se concretizarem, em 40 anos ficaremos sem peixe"

- Pavan Sukhdev, economista e consultor da ONU, sobre o eventual esgotamento dos recursos piscícolas a nível mundial, em 2050 (In Visão 20/26 Maio 2010)

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Lagostim Bayou Craw


A V&M, conhecida marca que produz iscos de vinil, lançou recentemente um novo modelo de lagostim, o Bayou Craw. Este isco apresenta pinças dianteiras bastante grandes, que produzem um enorme movimento e consequentemente vibrações, quando em acção de pesca.
Quando usado numa pesca na vertical no meio de estruturas, as pinças do Bayou Craw funcionam, atrasando a queda do isco e dando tempo ao peixe para atacar. Pescando ao fundo e em contacto directo com este, as pinças flutuam, imitando a postura defensiva dos lagostins verdadeiros.

Lateralmente, as pinças mais pequenas completam o isco e acrescentam movimento. O corpo apresenta anéis que conservam facilmente as bolhas de ar e o odor característico das amostras desta marca. Para tal, a V&M cozinha os seus iscos de vinil em gordura de porco para que os achigãs retenham durante mais tempo o isco e dando tempo ao pescador para uma ferragem mais efectiva.
A V&M é comercializada em Portugal pela NAUTIFISH, de Almofala de Baixo - Figueiró dos Vinhos. O telefone é 236 628 235 e o E-mail: info@nautifish.com

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Licença de Pesca na Internet


No sentido de facilitar a aquisição da Licença de Pesca Desportiva para águas interiores, a Direcção-Geral dos Recursos Florestais disponibiliza desde há uns dias, o serviço de pedido de licença de pesca desportiva on-line.
Esta funcionalidade permite receber a licença pelo Correio, na morada indicada, mediante pedido on-line e pagamento nas Caixas Multibanco.
O comprovativo de pagamento do Multibanco juntamente com a impressão do documento de pedido de licença, substitui a licença de pesca desportiva habitual.
Para preencher os campos do formulário on-line é necessário introduzir alguns dados, pelo que o utilizador deverá estar preparado para tal:
- O nome completo, conforme o Bilhete de Identidade
- O género masculino/feminino
- O Numero de Identificação Fiscal (NIF)
- A morada completa (a licença será enviada para esta morada)
- O distrito da morada
- O concelho da morada
- A Freguesia da morada
- A indicação do Código Postal da morada
Para mais informações, deverá ser consultado o site da Direcção-Geral dos Recursos Florestais, a página de instruções para obtenção da licença e a aplicação da mesma, clicando aqui.
ACTUALIZAÇÃO EM 30 JULHO DE 2008
Segundo informações recentes, o sistema de obtenção de Licença de Pesca pela Internet, não está funcional. Como é hábito no nosso país, funcionou durante uns dias, mas foi "sol de pouca dura", pelo que os candidatos a pescador licenciado, devem dirigir-se à DGRF como habitualmente.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Estruturas e coberturas



Na corriqueira conversa de pescador de achigãs, não se dá habitualmente importância à separação entre uma estrutura e uma cobertura. Generalizou-se o termo estrutura e usamo-lo para ambas as situações. Não é de todo incorrecto. Nos Estados Unidos, que estarão sempre na vanguarda no que concerne a esta modalidade, muitas vezes não se verifica esta diferenciação entre os dois tipos de elementos. Mas, importa agora definir o que cada uma destas palavras pretende descrever. De um modo geral e o mais simples possível, podemos afirmar que estrutura é qualquer modificação ou particularidade, que possa ser interessante para os achigãs, localizada abaixo do nível da água e fazendo parte integrante do fundo, mesmo que seja a baixa profundidade.
Cobertura é como o nome sugere, algo que está por cima e perfeitamente visível ao contrário das estruturas. Dito de outra forma, tratam-se de locais que pelas suas características atraem achigãs e se localizam acima da linha de água ou em toda a extensão da coluna de água. Podem até não estar ligadas ao fundo, como as jangadas de captação de água ou plataformas de cais para barcos.

Estruturas:
- Os “bicos”
Na gíria dos pescadores de achigãs, este nome pretende fazer referência a um dos mais procurados e produtivos pontos de pesca. Trata-se nem mais nem menos que um pedaço de terra que entra pela água dentro, criando na área submersa uma zona de baixa profundidade entre águas mais fundas de ambos os lados. Podemos com facilidade imaginar o relevo do fundo observando com atenção a morfologia da parte visível, que está fora de água. Olhando para a área onde o bico entra na água e com alguma imaginação e treino, conseguimos traçar o relevo da área submersa.
Os iscos para estas estruturas são por norma os crankbaits e os spinnerbaits. Trabalham depressa, mas tendo em conta que a visibilidade é boa para ambos os lados do bico, leva a que sejam facilmente detectáveis tornando-os muito produtivos nestas condições.

- Elevações submersas
Tratam-se justamente de elevações no relevo do fundo que por formarem uma variação mais ou menos brusca na topografia, fornecem um bom local de emboscada e por isso atraem os achigãs.
Estas alterações são consideradas de baixa profundidade até cerca dos três metros, em que podem ser utilizadas praticamente todas as amostras conhecidas, incluindo as de superfície se a limpidez das águas o permitir.
A mais de três metros de profundidade este tipo de estruturas exige um leque de técnicas menos alargado. Nestas condições, a forma de pescar passa mais para a vertical e os iscos mais habituais são as minhocas à Texas, os jigs, as colheres e montagens de finesse como o darter jigging, doodling, ou o drop-shot.

Coberturas:
- Vegetação aquática
Um dos locais que os achigãs mais apreciam são as zonas com plantas aquáticas. Para além de servirem de bom local de emboscada, são muito procuradas pelos pequenos peixes, e rãs devido ao alimento que proporciona, geralmente constituído por pequenos invertebrados, insectos, larvas e plâncton. Também os peixes maiores são atraídos pela abundância de peixes mais pequenos. As plantas têm a particularidade de produzir oxigénio através da fotosíntese enriquecendo assim a água neste elemento fundamental à vida, tornando o local aprazível a toda a vida incluindo os peixes. As zonas de plantas aquáticas são também usualmente procuradas pelos machos para a construção dos ninhos, sendo mais um dos motivos para a concentração de achigãs na época da reprodução.
Infelizmente, salvo algumas raras excepções, as maiores albufeiras do nosso país estão desprovidas de qualquer tipo de vegetação. No entanto, onde esta formidável cobertura está presente, os achigãs estão por perto...


As amostras para esta cobertura são naturalmente as que possuam um qualquer sistema anti-erva a menos que existam clareiras que permitam o trabalhar duma amostra sem as indesejáveis prisões.
Buzzbaits, spinners, minhocas à Texas e flutuantes, jig´s e outras concebidas para pescar nestas condições, são as que mais possibilidades terão de tentar os achigãs emboscados na vegetação.

- Árvores submersas
Este tipo de coberturas é também das que mais seduz os pescadores de achigãs. Os peixes procuram as arvores localizadas dentro de água, quer estejam na posição normal quer estejam tombadas, mais uma vez por se tratarem de bons locais de caça, quer apenas como refúgio e esconderijo em caso de inactividade.
A tendência é que os peixes mais activos que procuram estas coberturas se localizem mais próximos da superfície, sendo possível enganá-los com amostras rápidas como os spinnerbaits ou mesmo amostras de superfície, incluindo buzzbaits.
As amostras de vinil, na tradicional montagem à Texas, os jig´s ou um spinnerbaits de apenas uma pequena lâmina Colorado em queda, se a água estiver mais turva, serão as amostras escolhidas para pescar nestas formidáveis coberturas.

domingo, 15 de junho de 2008

Posso pedir-lhe 4 minutos e 43 segundos de atenção?

Será que não vale a pena deixar um mundo melhor, ou pelo menos deixá-lo o melhor possível, aos nossos filhos?
Quantas vezes pensamos que não está nas nossas mãos, reduzir o aquecimento global?
Faça a sua parte! Pense nisso.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

O barbo corcunda


Numas curtas férias que incluíram uns dias de pesca aos barbos no rio Douro, na modalidade de pluma, tive oportunidade de capturar um peixe, que deverá ter fortes dores de costas e problemas de coluna, ou neste caso, de espinha.
De facto este barbo que teria cerca de um quilo, apresentava uma tal curvatura na zona posterior, que quase parece uma nova espécie.
No entanto, lutou como os demais e só quando chegou junto a mim é que me apercebi que de algo diferente naquele peixe.
Aqui fica a foto e a curiosidade.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

A carpa


Dos peixes de água doce, a carpa será talvez o peixe mais conhecido pelos pescadores desportivos. Por certo, serão poucos os que ainda não conhecem os ímpetos deste combativo peixe.
A carpa foi introduzida no continente Europeu, ainda antes de Cristo ter percorrido as ruas das Galileia, trazida da distante Ásia. Aclimatou-se bem, graças ao facto de não ser muito exigente na qualidade da água, espalhou-se e por vezes até nos esquecemos que não é um peixe que efectivamente pertença à nossa fauna piscícola nativa.
Fisicamente a carpa é facilmente reconhecida pelos dois pares de barbilhos presentes no maxilar superior. A sua tonalidade geral é o amarelo dourado, sendo mais escura na região lombar e mais clara, quase branca, na região ventral. Na zona da cauda, as barbatanas na sua parte inferior, apresentam uma coloração laranja viva.
Prefere as águas paradas das albufeiras em detrimento das agitadas dos rios, visto que tolera bem os baixos níveis de oxigénio.
A sua reprodução dá-se na Primavera, logo que a temperatura da água atinja os 18 a 20º C, aproximadamente. Os reprodutores escolhem zonas baixas, preferencialmente com vegetação aquática, onde a água aqueça mais rapidamente, facilitando assim a incubação dos ovos que demora 4 a 8 dias. A quantidade de ovos, por quilo de peixe reprodutor fêmea, é impressionante: Cerca de 100.000!
A alimentação é constituída essencialmente por pequenos insectos, vermes, resíduos vegetais, larvas, plâncton, pequenas algas, etc. Geralmente os maiores exemplares tornam-se carnívoros, atacando pequenos peixes e lagostins, devido à grande necessidade de proteínas. Aspectos curiosos, a sua longevidade: 20 a 25 anos no estado selvagem e 50 em cativeiro e o peso, podendo atingir os 25 a 30 quilos se tiver boas condições de vida.

A pesca
Fundamentalmente a carpa pode pescar-se de duas formas distintas: à bóia ou ao fundo. Para a pesca à bóia pode-se utilizar uma cana de carreto (pesca “à bolonhesa”, entre os 4,5 mts. e os 6 mts.), a chamada cana “directa” (pesca “à francesa”, entre os 6,5 mts. e os 13,5 mts.), sem carreto mas com tamanho suficiente para cansar o peixe e trazê-lo até nós, desde que não seja um grande exemplar. Outra técnica de pesca é à inglesa, com canas tipicamente de 3,80 mts. e bóia de correr.
Uma vez que a carpa possui uma boca relativamente pequena, os anzóis deverão ser entre o nº 12 ao 20, empatados num terminal de fio 0.12 mm a 0,18mm, unido ao fio principal do carreto. As bóias devem ser pequenas e leves, suportando pesos entre os 0.75 a 1,50 gr.
O isco mais utilizado para pescar carpas é a larva de mosca, conhecida no meio piscatório por “asticot,” à venda em qualquer loja de pesca. No entanto, também se utiliza com bastante frequência o trigo, milho, batata, fava e feijão, cozidos e eventualmente com aromas adicionados.
- Texto da minha autoria, publicado no "Correio da Manhã" de 6 de Outubro de 2001

segunda-feira, 2 de junho de 2008

TV Natur

Apresentado na Ovibeja 2008 que decorreu de 26 Abril a 4 de Maio em Beja, o canal TV Natur é o primeiro canal gratuito de televisão on-line, produzido e realizado em Portugal, vocacionado para os temas da caça e pesca e pode ser visitado aqui.
Os responsáveis pelo espaço propõem-se “retratar, pensar e valorizar a caça, a pesca e as demais actividades ligadas ao campo. Debater, reflectir e acompanhar temas de interesse para caçadores, pescadores e apaixonados da Natureza”.
Na mira está também o carácter pedagógico deste espaço e tentar sempre trazer algo de novo para quem visita o canal TV Natur, mesmo que não seja caçador ou pescador.
O intuito é a produção de diversos tipos de conteúdos e a sua disponibilização via internet: caça maior, caça menor, veterinária, cães, pesca de mar e águas interiores, actividades relacionadas e claro está, a gastronomia, inevitavelmente ligada a estas actividades.
Se nesta fase inicial, o projecto está apenas disponível na web, os responsáveis encaram a possibilidade de a curto prazo ser possível o alargamento a outros locais, como feiras temáticas, lojas de caça e pesca, restaurantes e espaços públicos.
O canal TV Natur possui também um blog onde é possível a interacção com os visitantes, que pode ser visitado aqui.