"Se as várias estimativas que temos recebido se concretizarem, em 40 anos ficaremos sem peixe"

- Pavan Sukhdev, economista e consultor da ONU, sobre o eventual esgotamento dos recursos piscícolas a nível mundial, em 2050 (In Visão 20/26 Maio 2010)

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

À espera...


Esta carpa, pescada à pluma um destes dias, limitou-se a esperar que o meu filho Zé Pedro lhe tirasse uma sequência de fotos, para ir livre à sua vida...

Aqui fica, publicada com a devida autorização do fotógrafo.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Peixes morrem no Zêzere


Milhares de peixes estão a aparecer mortos no Rio Zêzere, perto da Covilhã desde sábado passado.
As descargas poluentes estão a ser investigadas pela brigada do SEPNA da GNR que suspeita de uma indústria de transformação de fruta, embora ainda “… não se possa debruçar sobre o assunto em mais profundidade…”.
Segundo um membro da Associação de Caça e Pesca do Tortozendo, "o rio pode e vai morrer", se é que não está já morto, acrescento eu.
Como efeito, logo em Manteigas recebe os primeiros maus-tratos da sua ainda curta existência, levando depois com esgotos de tudo o que é povoação próxima.
Acrescenta-se ainda os efluentes das Minas da Panasqueira, para ultimar o preparado final, bem como mais uns esgotos domésticos e efluentes industriais para manter o nível.
Curiosamente acaba nas torneiras de quase dois milhões de lisboetas...
Ver vídeo da RTP aqui.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Substituir um passador de ponteira

De todos os que possui uma cana, o passador de ponteira é o que mais se danifica.
Aqui fica passo a passo, como se substitui este elemento, de forma fácil e rápida.
Nestas coisas de "bricolage", uma imagem vale mais que mil palavras.

Aqueça com um isqueiro a zona tubular do passador durante uns 5 a 7 segundos


Agarre no passador com um pano dobrado, de forma a não se queimar
Puxe enquanto roda. Se não se soltar, aqueça mais uns segundos


Limpe os restos de cola com uma lima fina ou lixa


Aplique um pouco de Super Cola 3 (cianoacrilato)


Aplique o novo passador alinhado com os restantes


Limpe o excesso de cola com um pano ou papel

BOM TRABALHO !

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

O Jig


Um quê ? …
Jig… Isso mesmo. Pronuncia-se como se lê, sem entoação nenhuma! Não são muitos os pescadores que o usam, mesmo quem pesca com mais frequência e mesmo quem pesca embarcado.
Fisicamente um jig é bastante simples. Trata-se dum anzol, relativamente forte e grande, (geralmente entre os tamanhos 3/0 e 5/0) tendo junto à argola onde se empata o fio, um pedaço de chumbo em forma cónica ou esférica, habitualmente pintado. A amostra fica completa com um conjunto de finas tiras de silicone ou borracha, a que habitualmente se dá o nome de “saia” e com um dispositivo constituído por filamentos de plástico rijo que saem da “cabeça” de chumbo em direcção ao bico do anzol, sobrepondo-se ao mesmo. Este dispositivo denomina-se “anti-erva” e tem o importantíssimo papel de reduzir ou evitar que o anzol se prenda pelos sítios por onde passa, mesmo na vegetação e arbustos mais densos que possam existir.
Recentemente muitos jigs vêem equipados com um pequeno tubo colado ao corpo do anzol, com algumas esferas metálicas, com o fim de produzirem sons de forma a que o isco seja mais atractivo e ao mesmo tempo, mais facilmente localizável em condições de água mais barrenta ou menor luminosidade.
Este isco tem no entanto a particularidade de raramente se usar por si só. Ou seja, quase nunca se utiliza para pescar tal como foi descrito anteriormente. Normalmente utiliza-se com um “atrelado” que, tal como o nome sugere (dando a ideia que é rebocado), é aplicado na zona mais direita do anzol, que o veste e compõe para que fique mais atractivo pelo movimento, cor e sabor que se lhe adiciona.
Quanto aos pesos que habitualmente se utilizam, tenhamos em conta que nesta forma de pescar todo o material é peso-pesado. Os mais utilizados são os de 10 a 15 gramas.

Atrelados ou “trailers”
Nesta parte dos atrelados ou “trailers” como dizem os americanos, não existem regras, sendo o limite a nossa imaginação.
No entanto, o atrelado mais utilizado com o jig, é o courato de porco. Trata-se de um pedaço de pele de porco e alguma gordura, que pode ter vários formatos e cores. Os mais comuns têm a forma de pernas de rã - “pork frog” ou de lagostim - “pork craw”.
Estes atrelados como são fabricados com uma matéria perecível, são adquiridos em pequenos frascos onde estão mergulhados num líquido que os conserva. É de evitar porém, que fiquem sujeitos a altas temperaturas de Verão e mesmo assim têm algum tempo limite de conservação. Esta combinação do jig com o atrelado de courato de porco, é conhecida geralmente na gíria dos achiganistas por “jig-and-pig”.
Actualmente os atrelados em plástico mole são mais utilizados, tendo como base os lagostins e minhocas. Para além destes, nada nos impede de utilizarmos outros atrelados, como seja uma minhoca com a cauda mais comprida e ondulante ou até uma salamandra de plástico.
Nos últimos anos surgiu no mercado a combinação do courato de porco com um isco plástico. O resultado é um isco com a forma de um courato de porco - geralmente na versão “frog”, mas fabricado em plástico mole, que por questões de durabilidade têm vindo a ganhar adeptos entre os pescadores, também em boa parte devido à comodidade de utilização.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Shad Rap Rapala - Euro 2008


A propósito do Euro 2008, a Rapala, conhecido fabricante de iscos artificiais e equipamento para a pesca desportiva, lançou recentemente no mercado uma colecção de amostras dedicadas a este evento.
O modelo de base que serviu para este tema foi a Shad Rap RS Suspending de 7 centímetros e a decoração adoptada consta da bandeira do país participante, aplicada lateralmente.
A colecção é constituída naturalmente pelas dezasseis amostras que representam os países envolvidos nesta competição Europeia.
A Rapala é representada no nosso país pela Normark.

Exposição Fotográfica "S. Miguel d´Acha - Gentes e Locais"


Clique no folheto para ampliar

Está patente desde dia 9 e até dia 17 em S. Miguel D´Acha - Idanha-a-Nova, a Iª Exposição Fotográfica de José Pedro Carvalho Torres, sob o tema “S. Miguel D´Acha - Gentes e Locais”.

A mostra é constituída por vinte trabalhos a preto e branco e cor, com imagens de diversos locais da povoação, das gentes e dos costumes, como a feitura das tradicionais filhoses de Natal ou a Procissão do Sr. dos Passos, realizada por ocasião da Páscoa.

O autor tem ainda em exibição em moldura digital, um grande número de trabalhos e diversos temas, numa perspectiva de divulgação da sua actividade fotográfica que iniciou apenas com 10 anos de idade.

Resta apenas referir que o José Pedro tem 17 anos é meu filho e companheiro de pescarias…
Força aí, rapaz!

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Anzóis “sem morte” ou pesca sem morte?



Recentemente num espaço de discussão onde participava, gerou-se alguma polémica, entre outras coisas, sobre os “anzóis sem morte” e “anzóis com morte”, leia-se “anzóis sem farpa” e “anzóis com farpa”, respectivamente. Ou seja, a palavra “farpa” pode ser substituída por “morte”. Ou seja, há quem defenda que apenas pela farpa ou barbela, assume-se a vida ou morte das capturas.
Dito da primeira forma, - anzóis sem morte - ficamos com a ideia que os peixes capturados não vão morrer e vão em paz à sua vida depois de libertados, se for essa a vontade do captor.
Por oposição, fica-se com a ideia também que os peixes capturados com “anzóis com morte” estarão condenados a pagar com a vida a ousadia de atacar os nossos iscos.
Como facilmente se percebe, um anzol sem morte pode espetar-se, da mesma forma que um normal, em zonas vitais para o peixe, como sejam a articulação do maxilar, nos canais olfactivos ou orgãos da visão, provocando-lhes lesões graves para o resto da vida, mesmo depois de libertado com todos requisitos do catch&release.
Somado a estas possibilidades temos ainda para complicar mais, as fisionomias das diferentes espécies. A boca de uma carpa é completamente diferente da boca de uma truta, porque é carnuda e calejada de revolver os fundos em busca de comida. Também uma truta de 300 gramas é diferente de uma truta de um quilo, pelo que as consequências do mesmo anzol espetado, são diferentes em cada uma das situações.
Conclusão: Parece-me demasiado pretensioso, mal dito até, chamar aos anzóis sem farpa “anzóis sem morte”, porque podem matar tal como os outros, nem que seja por serem utilizados por um pescador que sacrifica as suas capturas. Por oposição novamente, acho mal chamado aos anzol com barbela, "anzol com morte", porque pode ser utilizado por um pescador que preserva as espécies, que as manuseia com o máximo de cuidado e liberta.
É obvio que, quem pratica a PESCA SEM MORTE - esta sim, é a designação correcta -deverá considerar a possibilidade de utilizar todas as formas ao seu alcance, para que os danos nos exemplares que captura, tenham o menor impacto possível na sua sobrevivência.
Mas isso, na minha opinião, definitivamente não passa pela utilização exclusiva de anzóis sem farpa, embora possa ser uma contribuição.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Boston Whaler comemora 50 anos

O nosso Boston Whaler, aqui com a configuração de pesca de mar

A lendária marca de embarcações Boston Whaler está a comemorar os 50 anos de existência. Em 1958, Richard T. Fisher surpreendeu o mundo ao apresentar um barco de 13 pés, que ostentava uma característica nova: era completamente inafundável. Nascia assim o primeiro Boston Whaler. Hoje a marca continua a abrir caminho, utilizando tecnologia inovadora no campo da segurança, fiabilidade e baixa manutenção.
Em relação à segurança, refira-se a particularidade do duplo casco se encontrar completamente cheio de espuma que não absorve água. Essa espuma garante mais do dobro da flutuabilidade exigida pelos apertados controlos de homologação da Guarda Costeira Norte Americana. A espuma além de proporcionar flutuabilidade, absorve as pancadas da ondulação mais forte e fornece rigidez estrutural ao casco, permitindo uma menor espessura de fibra e por isso redução de peso. Permite também algumas brincadeiras!
Todos os restantes pormenores são pensados para dar mais tempo ao nosso passatempo e menos na manutenção do barco: os estofos possuem inibidores de raios UV, resistindo ao sol, as peças metálicas são em aço inox cromado de extrema qualidade. As superfícies são lisas para permitir uma fácil limpeza e melhorar a ausência de odores.
Estas características determinaram que se tornem os barcos por excelência de várias entidades: Guarda Costeira Americana, barcos salva-vidas, barcos patrulha de vários serviços de fiscalização, Policias Marítimas, Serviços Portuários, e sobretudo por todos os que conhecem este fabricante e preocupam com a sua segurança na água.
Para que este ano seja mesmo inesquecível para a marca, a Boston Whaler recebeu o Prémio Inovação 2008 da NMMA, a Associação americana de fabricantes de artigos Náuticos.
Em Portugal, não existe actualmente nenhum representante oficial, segundo o site da marca. Felizmente sou um dos pouquíssimos proprietários de um Boston Whaler no nosso país. Trata-se de um Dauntless de 15 pés (4,70 mts) que utilizamos quer na pesca de água doce, quer no mar, após as alterações que demoram pouco a concretizar.
Sem qualquer dúvida, é o barco que preenche todas as minhas necessidades e exigências e não vejo nenhum modelo e marca que o possa vir a substituir. Provavelmente será o barco da minha vida.