"Se as várias estimativas que temos recebido se concretizarem, em 40 anos ficaremos sem peixe"

- Pavan Sukhdev, economista e consultor da ONU, sobre o eventual esgotamento dos recursos piscícolas a nível mundial, em 2050 (In Visão 20/26 Maio 2010)

domingo, 30 de setembro de 2007

PROIBIDO peixe contaminado PESCAR




Placa avisadora colocada pela Câmara de Municipal de Torre de Moncorvo, junto à Praia Fluvial de Foz do Sabor. E bem comentada por alguém com sentido de humor e coragem...


Infelizmente, em muitos locais nem sequer existem placas avisadoras. Melhor seria se em vez de gastar dinheiro em placas, tratassemos dos esgotos.
E é mesmo verdade, está um esgoto para o rio a três metros do local!

Pampo ou Peixe-Porco





Pampos, cada vez mais. Será devido ao aquecimento global?


Estes curiosos peixes apareceram nas nossas águas à menos de duas décadas. Até então não havia noticias deles, uma vez que se trata de uma espécie de águas mais quentes.


Conhecido por pampo, peixe-porco ou menos vulgar, peixe-mola, devem os dois últimos nomes às caracteristicas que apresentam. Peixe-porco porque rangem os dentes cujo som faz lembrar um porco, tentatando morder, num instinto de autodefesa.

O nome de peixe-mola deve-se ao facto de o primeiro raio da barbatada dorsal possuir um dispositivo natural que depois de se levantar, só se consegue baixar depois de se baixar à mão o segundo. Considerando que os raios dorsais são de origem óssea...


Têm um apetite voraz e são muito curiosos sendo por isso muito fáceis de pescar. Por estes motivos correm o risco de serem distinguidos com o prémio "O peixe mais idiota do mundo", porque muitas vezes veêm o pescador mas ficam indiferentes.

Depois de presos revelam uma enorme força, sendo por isso muito lutadores e desportivos. Frequentemente conseguem roer a linha do anzol com os poderosos dentes, que é muito mais macio do que o coral de que é a sua alimentação base.



quarta-feira, 26 de setembro de 2007

A Porta do Tejo



O monumento geológico conhecido por Portas de Ródão não é mais que um estragulamento rochoso provocado pela erosão do rio na montanha.


Perecebe-se que aqui o rio tem que se acanhar, para conseguir passar apertado, pela força bruta da rocha.


É uma luta constante entre os dois elementos, cujo resultado ninguém vai conhecer.


Candidato a Patromónio Mundial.

sábado, 22 de setembro de 2007

Águia de Asa Redonda




Numa das nossas idas à pesca, encontramos uma ave de rapina empoleirada num fio de telefone, mas com grandes dificuldades em se manter equilibrada.

Algum tempo depois, voou até ao chão perto de nós. Nitidamente era uma águia em apuros porque desxou que nos aproximassemos sem voar.

Enfiei as "luvas de mudar pneu" e mão à obra. Aproximei-me lentamente e com um movimento rápido, apanhei-a segurando-lhe o pescoço para evitar um bicada dolorosa.


Foi levada para o SEPNA onde deixei o meu contacto e pedi que me dessem notícias. Disse também que se fosse possível a sua devolução à Natureza, gostaria que fosse eu ou o meu filho a fazê-lo.


Posteriormente e pelo jornal soubemos que se tratava de uma águia de ása redonda, com uma entorse numa pata, aparentemente sem grandes complicações.

Soube também que foi entregue no Centro de Recuperação de Aves em Castelo Branco, de onde nunca recebi notícias, já lá vão quase cinco meses.

Lamentávelmente parece que não há consideração por quem tem interesse em preservar a Natureza.

Fica aqui publicamente o meu voto negativo por esta postura, nem importa de que entidade.


quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Achigã, o peixe mais desportivo do mundo!


Este peixe, conhecido no nosso país por achigã, (Micropterus salmoides) é considerado como o peixe mais desportivo do mundo.

Em Portugal existe desde há cerca de cinquenta anos, importado pelo Instituto Florestal que tratou depois de o estudar, aclimatar e espalhar.

Hoje em dia encontra-se pelos quatro cantos de Portugal e do Mundo, visto que existe actualmente em cerca de cinquenta países, incluindo alguns da antiga URSS.

Os norte-americanos consideraram que tinham um peixe que podiam exportar e fizeram-no. Atrás do peixe vieram os iscos, as linhas, as canas, os barcos e os apaixonados por esta pesca.

A pesca ao achigã é considerada o motor de desenvolvimento de movos materias para a pesca, como a utilização de carbono nas canas e os fios multifilares, só para dar alguns exemplos.

Pessoalmente, gosto de todos os tipos de pesca, mas pescar achigãs com iscos artificiais é sem dúvida a minha pesca. Não há melhor momento para nos deixar sem pinga de sangue e com o coração a bombar a sério, do que um ataque de um achigã grande a uma amostra de superfície. Indescritivel!

Pena é que muitos achem que fica bem de qualquer maneira (gastronomicamente falando) e outros façam negócio com os seus cadáveres, para comprar um carreto novo.

Em vez de se proteger um potencial, come-se!

Assim não vamos lá...

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

O Tejo está doente




O sangue do nosso maior rio, está manifestamente contaminado.

Este sangue não é vermelho mas verde, dos blooms de algas resultantes da sua eutrofização.

Estas pequenas algas (provavelmente a Salvinia cuculatta e a Anabaena azollae) surgem devido ao excesso de nutrientes na água, provenientes dos esgotos domésticos, industriais, pecuários e adubagens desrreguladas e anárquicas, numa vontade louca dos homens enriquecerem, esquecendo o futuro.

Estes fenómenos impedem a passagem da luz solar e impedem por isso a fotosíntese das plantas localizadas a um nível inferior, pondendo por em causa a sobrevivência dos peixes devido à falta de oxigénio na água. Obrigado vizinhos, donde vem o rio...

É pouco dignificante para o nosso Tejo Internacional, candidato a Património Mundial, estar assim moribundo. As entidades responsáveis pelo ambiente, pela água e os ambientalistas, fazem vista grossa e "enterram a cabeça na água", quanto a este drama.

Pessoalmente, considero isto um caso de Saúde Pública, visto que as pessoas continuam a comer peixe do rio...

- As melhoras.

Évora Air Show 2007


Outra paixão.

Voar é como caminhar sem peso.

É não sentir o corpo e subir até ao infinito. Sempre a subir...

Nem todos podem voar, mas todos podem ver voar e por isso, sentir como se voassem.

É sentir o ar, o espaço e lá em cima, o Céu.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Entardecer no Alqueva


Bem, para começar queria ilustrar o blog com uma das imagens que me fazem gostar de pesca. Um entadecer no Grande Lago- Alqueva, no meio da plenitude daquele espelho...

Fica para me recordar desse dia, cada vez que a observar!

Sim, os achigãs estiveram difíceis. Pudera, com aquela caloraça, não admira. Eu próprio se fosse peixe, estava bem lá para o fundo e bem perto do ar condicionado. Valeu um ataque bruto dum bicho grande - ele fez questão de se mostrar, logo de manhãzinha, para deixar o pescador sem pinga de sangue... Querida, passas-me os comprimidos da tensão, se fachavor?