"Se as várias estimativas que temos recebido se concretizarem, em 40 anos ficaremos sem peixe"

- Pavan Sukhdev, economista e consultor da ONU, sobre o eventual esgotamento dos recursos piscícolas a nível mundial, em 2050 (In Visão 20/26 Maio 2010)

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Um barbo dos grandes...


O André, na altura com 16 anos, tinha vindo passar uns dias comigo. Aproveitamos o facto de estarmos de férias em casa, para ir incomodar os achigãs.
- Epá, devias fazer aí uns pitchings, para eu ver como é que era e começar a fazer também para desenvolver essa técnica, disse ele.
-Então repara bem, vou montar um jig com um lagostim de plástico. Pegas no isco, balanceias a cana e com um impulso projectas para a frente, enquanto soltas a mão esquerda que segura a amostra. Capiche?
- Faz lá devagar, para eu ver.
Aproveito a sombra dum salgueiro que se estende sobre a água e imagino um achigã escondido lá em baixo, à espera duma presa distraída.
O isco entra na água e sinto de imediato um ataque. Ferro, enquanto o peixe assustado e sem poder afundar muito porque a margem é baixa, passa em frente ao barco com a barbatana dorsal fora de água e em velocidade máxima, fazendo um grande estardalhaço…
- Ena pá, ganda achigã GT!
- Vais o achigã que daqui vai sair, digo eu depois de já ter percebido que era um barbo comizo dos grandes e que de achigã só tinha o apetite…
Depois de várias correrias, afundanços e arranques à última da hora, o peixe é finalmente embarcado, não antes do camaroeiro dobrar, quando estava a ser içado pelo André.
Ficamos sem fala uns instantes, até que eu disse:
-Fooooogo!!!! Meu, ganda bicho!!!!!!
- Caraças, pá…
Pesou sete quilos e duzentas gramas e mediu oitenta e sete centímetros, sendo desta forma o segundo maior barbo comizo pescado desportivamente e que há memória aqui pelas redondezas, logo a seguir ao barbo que o Vasco pescou.

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