Numa recente deslocação à albufeira de Idanha, constatamos um incrível boom de medusas de água doce, como já não se verificava há algum tempo. Estavam em todos os locais da massa de água e chegam a ocupar, num cálculo a olho e em alguns locais, mais de 30 indivíduos por metro cúbico. Já as tinha encontrado em algumas albufeiras, sempre no final do Verão e coincidência ou não, todas pertencentes à bacia hidrográfica do Tejo. Os conhecimentos que temos desta espécie entre nós são bastante escassos, mesmo na internet. Aqui fica mais um humilde contributo.
A medusa de água doce, ou alforreca de água doce, (Craspedacusta sowerbyi), ocupa todos os continentes e foi identificada primeiro em Inglaterra, em 1880. Tem a forma de um sino, com um diâmetro de 5 a 22 mm ou seja, no máximo, uma moeda de 50 cêntimos e um peso entre 3 a 5 g. Os inúmeros tentáculos capturam o alimento, detectam a luz e contribuem para a deslocação, podendo mover-se em todos os sentidos, graças às pulsações do corpo.
O habitat desta medusa é alargado a uma variedade de ambientes de água doce: os lagos de água doce, barragens, poços, pedreiras e rios, parecendo preferir a água calma. Este organismo compartilha os mesmos traços característicos da maioria das medusas: não possui cérebro, esqueleto, nem órgãos específicos de respiração ou excreção. O corpo é formado por 99% de água e o seu aspecto é gelatinoso, sendo muito difícil captura-las sem uma rede fina, sendo inofensiva para o ser humano.
A dieta das medusa de água doce consiste fundamentalmente de zooplâncton, de tamanho de 0.2 a 2.0. Usa os tentáculos para picar e paralisar a presa antes de a levar à “boca”.
Podem surgir durante os meses do Verão e Outono, sendo Agosto e Setembro os meses com maior probabilidade de ocorrência. As elevadas temperaturas da água mornas e a abundância de alimento, causam uma proliferação da espécie. Apesar disso, as medusas de água doce são imprevisíveis e podem parecer em grandes números um ano, não aparecer o seguinte, e voltar diversos anos mais tarde.
A medusa de água doce, ou alforreca de água doce, (Craspedacusta sowerbyi), ocupa todos os continentes e foi identificada primeiro em Inglaterra, em 1880. Tem a forma de um sino, com um diâmetro de 5 a 22 mm ou seja, no máximo, uma moeda de 50 cêntimos e um peso entre 3 a 5 g. Os inúmeros tentáculos capturam o alimento, detectam a luz e contribuem para a deslocação, podendo mover-se em todos os sentidos, graças às pulsações do corpo.
O habitat desta medusa é alargado a uma variedade de ambientes de água doce: os lagos de água doce, barragens, poços, pedreiras e rios, parecendo preferir a água calma. Este organismo compartilha os mesmos traços característicos da maioria das medusas: não possui cérebro, esqueleto, nem órgãos específicos de respiração ou excreção. O corpo é formado por 99% de água e o seu aspecto é gelatinoso, sendo muito difícil captura-las sem uma rede fina, sendo inofensiva para o ser humano.
A dieta das medusa de água doce consiste fundamentalmente de zooplâncton, de tamanho de 0.2 a 2.0. Usa os tentáculos para picar e paralisar a presa antes de a levar à “boca”.
Podem surgir durante os meses do Verão e Outono, sendo Agosto e Setembro os meses com maior probabilidade de ocorrência. As elevadas temperaturas da água mornas e a abundância de alimento, causam uma proliferação da espécie. Apesar disso, as medusas de água doce são imprevisíveis e podem parecer em grandes números um ano, não aparecer o seguinte, e voltar diversos anos mais tarde.
A sua reprodução é assexuada e a maioria de populações são estritamente macho ou fêmea. Em determinada fase da sua evolução podem entrar num estado de hibernação por diversos motivos de falta de condições de sobrevivência (frio, luminosidade, alimento) e fixar-se em tudo o que se encontra na água incluindo animais, sejam mamíferos ou aves. Esta particularidade é aliás uma das formas relatadas para a sua disseminação mundial.
12 comentários:
Este fim de semana que passou (18/19 de Agosto 2010) também apareceram na Barragem do Castelo de Bode. Cumps.
Num dos Lagos Ornamentais do Jardim Botânico do Porto também foram detectadas muitas. uma pesquisa na net revelou-me que esta espécie é de origem chinesa e começou a espalhar-se pelo mundo no Séc. XIX
Avistei uma série delas, este 1º fim de semana de outubro.2011, na barragem do castelo de bode. Até agora nunca as tinha visto por lá.
É bastante frequente aparecerem em Castelo do Bode no final do verão.
Já as vi por lá muitos anos...
Cumps.
Este dia 5 de Outubro, mantinham-se no Castelo de Bode em grande numero. Isto foi uma surpresa e uma novidade para mim pois desconhecia a existencia de alforrecas de agua-doce. Alguem sabe se emitem as mesmas toxinas que as de agua salgada?
Hoje vi muitas em Castelo de Bode, na Aldeia do Mato. Serão inofensivas?
Ana Amaral
Olá a todos.
Adianto que já as encontrei em várias massas de água mas nunca toquei nestes animais nem tenciono tocar...
Aparentemente há informações contraditórias, relativamante a serem ou não urticantes para o ser humano:
Há informações que embora sendo urticantes, não são perigosas o suficiente para provocar qualquer dano na pele humana.
Também já ouvi opiniões, que os contactos causam comichão e borbulhas.
Penso que o melhor é ser prudente e evitar qualquer tipo de toque...
Obrigado pelos vossos comentários.
GT
Este ano, em Outubro de 2012 vi pela primeira vez em Villar Del Rey (Espanha). Não sabia da existência de tal animal em água doce
Este ano, em Outubro de 2012 vi pela primeira vez em Villar Del Rey (Espanha). Não sabia da existência de tal animal em água doce
Estes seres encontram se este ano em Arronches no rio Caia junto a piscina municipal.
Na mesma ribeira morrem diariamente barbos todos para cima de 1 kg.
Cumprimentos
eu encontrei algumas mesmo idênticas no lago da minha casa, e gostaria de saber se elas causam alguma interferência no ecossistema das espécies de peixes residentes no lago. aproveito o ensejo para perguntar se a medusa de agua doce pode causar danos no corpo humano. obrigado
Aparentemente e como referido no texto, surgem nos locais mais inesperados! Parece não causarem qualquer interferência nas espécies piscícolas, visto que se encontram em muitas barragens nacionais, sem qualquer impacto para os peixes que coabitam. Na espécie referida, não há registos de qualquer dano no corpo humano, embora pessoalmente prefira não testar essa possibilidade. Obrigado pela sua participação.
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