"Se as várias estimativas que temos recebido se concretizarem, em 40 anos ficaremos sem peixe"

- Pavan Sukhdev, economista e consultor da ONU, sobre o eventual esgotamento dos recursos piscícolas a nível mundial, em 2050 (In Visão 20/26 Maio 2010)

sábado, 3 de outubro de 2009

Robalo azarado, com sorte

Estas férias, numa pesca de fundo em zona de areia, o meu filho capturou pequeno robalo, com cerca de trinta e poucos centímetros, que devido à escassez de peixe até teve direito a foto. À primeira vista nada tinha de especial, até ao momento em que o soltou da linha.
Já sem o anzol, repara que ainda há um pedaço de nylon que sai do peixe, com cerca de 50 centímetros e termina subitamente.
Seguindo o fio, rapidamente reparamos que lhe sai… justamente pelo ânus…
Numa inspecção rápida à cavidade bocal, nem vestígios de anzol…
Percebemos que o peixe esteve preso numa linha de pesca, partiu o estralho, que era entre os 0.20mm 0.25mm, continuou a alimentar-se enquanto foi também ingerindo o resto da linha, até esta sair pelo único sítio possível.

Não nos pareceu boa ideia puxar. Por isso cortamos a linha bem junto ao peixe, cremos que os ácidos estomacais e a água salgada ajudem a corroer o anzol, e se liberte aos poucos e finalmente, do piercing interno.
Foi libertado obviamente…Para além do azar que o persegue, o que é certo é que já esteve preso duas vezes e continua a viver, se não se deixou enganar novamente entretanto…
Só depois, ao vermos a foto em casa, é que reparamos que era possível ver as duas linhas no peixe, porque quando foi feita, ainda desconhecíamos a particularidade deste peixe azarado mas com sorte!

2 comentários:

junior disse...

Querido Amigo Gomes,
Que ótima prova da capacidade de recuperação desses animais, aham?
Já tive um Bass capturado numa grande represa de São Paulo num sábado, que soltei. Outro amigo capturou o mesmo Bass no dia seguite. Sensacional, não é?
Um grande abraço

José Gomes Torres disse...

É verdade Junior
Ainda há quem ponha em causa o "pesque e solte" como forma de preservar os recursos...
Já para não falar naqueles que os destroem e vendem, para conseguir os seus equipamentos novos de pesca!
Abraço