O nosso ruivaco
Este pequeno peixe, normalmente conhecido por ruivaco dá pelo nome cientifico de Rutilus macrolepidotus embora recentemente o seu nome tenha sido alterado para Chondrostoma oligolepis. Trata-se de uma espécie residente sendo um endemismo lusitânico - só existe em Portugal. Possui actualmente um estatuto de conservação pouco preocupante.
Como já referido, ocorre apenas no nosso país e nas regiões biogeográficas Mediterrânica e Atlântica.
O conhecimento sobre a distribuição desta espécie é escasso, por ser difícil de distinguir da sua congénere C. arcasii.
A sua ocorrência está confirmada nas Bacias do Douro, Entre Douro e Vouga, Vouga, Mondego, Liz, Ribeiras do Oeste e Tejo. Ocorrência possível nas bacias do Âncora, Lima, Neiva, Cávado, Ave e Leça.
Habita geralmente águas de pouca profundidade e é resistente à falta de oxigénio É uma espécie que não é habitual em albufeiras.
A alimentação é baseada principalmente em invertebrados aquáticos e reproduz-se entre Abril-Junho. A maioria dos indivíduos atinge a maturidade sexual no segundo ano de vida.
Principais Ameaças: A poluição resultante de descargas de efluentes não tratados de origem industrial ou urbana, a par com fontes de poluição difusa devidas à intensificação da utilização de pesticidas e fertilizantes na agricultura, cria situações de elevada eutrofização do meio, com a consequente perda da qualidade da água, podendo levar a situações de elevada toxicidade, com maior repercussão nos períodos de estiagem.
A extracção de materiais inertes e destruição da vegetação, tornam as zonas intervencionadas impróprias como locais de abrigo, alimentação e desova, sendo particularmente grave se efectuada nas zonas e épocas de desova da espécie. Durante os trabalhos de extracção há ainda um elevado aumento da turbidez da água num troço considerável a jusante, o que pode provocar a asfixia dos peixes (devido à deposição de partículas nas guelras) e a colmatação das posturas, podendo causar mortalidades importantes em todas as fases do desenvolvimento da espécie. No norte e centro do país existem inúmeras barragens e mini-hídricas já construídas e continua a verificar-se uma grande pressão para a construção de mais destas infraestruturas.
A construção de barragens e açudes provoca também a conversão de um sistema lótico em lêntico, com a consequente alteração dos parâmetros físico-químicos da água e das comunidades animais e vegetais. Para além disso, a eutrofização que se verifica em grande parte das albufeiras pode tornar estas áreas impróprias como habitat desta espécie. Também a fragmentação das populações, com consequências a nível de perda de variabilidade genética. Mesmo quando existem sistemas de passagem para peixes, os animais têm dificuldade em transpor os obstáculos em ambos os sentidos.
A alteração do regime de caudais a jusante, a qual depende do regime de exploração da barragem, reflectindo-se na redução do caudal, na sua homogeneização ao longo do ano ou na ocorrência de flutuações bruscas. A diminuição do caudal a jusante reduz o habitat dulciaquícola disponível, com a consequente perda de locais de crescimento, alimentação e desova.
Fonte: ICN – Plano Sectorial da Rede Natura
Fotos: Alexandre Franco
Como já referido, ocorre apenas no nosso país e nas regiões biogeográficas Mediterrânica e Atlântica.
O conhecimento sobre a distribuição desta espécie é escasso, por ser difícil de distinguir da sua congénere C. arcasii.
A sua ocorrência está confirmada nas Bacias do Douro, Entre Douro e Vouga, Vouga, Mondego, Liz, Ribeiras do Oeste e Tejo. Ocorrência possível nas bacias do Âncora, Lima, Neiva, Cávado, Ave e Leça.
Habita geralmente águas de pouca profundidade e é resistente à falta de oxigénio É uma espécie que não é habitual em albufeiras.
A alimentação é baseada principalmente em invertebrados aquáticos e reproduz-se entre Abril-Junho. A maioria dos indivíduos atinge a maturidade sexual no segundo ano de vida.
Principais Ameaças: A poluição resultante de descargas de efluentes não tratados de origem industrial ou urbana, a par com fontes de poluição difusa devidas à intensificação da utilização de pesticidas e fertilizantes na agricultura, cria situações de elevada eutrofização do meio, com a consequente perda da qualidade da água, podendo levar a situações de elevada toxicidade, com maior repercussão nos períodos de estiagem.
A extracção de materiais inertes e destruição da vegetação, tornam as zonas intervencionadas impróprias como locais de abrigo, alimentação e desova, sendo particularmente grave se efectuada nas zonas e épocas de desova da espécie. Durante os trabalhos de extracção há ainda um elevado aumento da turbidez da água num troço considerável a jusante, o que pode provocar a asfixia dos peixes (devido à deposição de partículas nas guelras) e a colmatação das posturas, podendo causar mortalidades importantes em todas as fases do desenvolvimento da espécie. No norte e centro do país existem inúmeras barragens e mini-hídricas já construídas e continua a verificar-se uma grande pressão para a construção de mais destas infraestruturas.
A construção de barragens e açudes provoca também a conversão de um sistema lótico em lêntico, com a consequente alteração dos parâmetros físico-químicos da água e das comunidades animais e vegetais. Para além disso, a eutrofização que se verifica em grande parte das albufeiras pode tornar estas áreas impróprias como habitat desta espécie. Também a fragmentação das populações, com consequências a nível de perda de variabilidade genética. Mesmo quando existem sistemas de passagem para peixes, os animais têm dificuldade em transpor os obstáculos em ambos os sentidos.
A alteração do regime de caudais a jusante, a qual depende do regime de exploração da barragem, reflectindo-se na redução do caudal, na sua homogeneização ao longo do ano ou na ocorrência de flutuações bruscas. A diminuição do caudal a jusante reduz o habitat dulciaquícola disponível, com a consequente perda de locais de crescimento, alimentação e desova.
Fonte: ICN – Plano Sectorial da Rede Natura
Fotos: Alexandre Franco
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