"Se as várias estimativas que temos recebido se concretizarem, em 40 anos ficaremos sem peixe"

- Pavan Sukhdev, economista e consultor da ONU, sobre o eventual esgotamento dos recursos piscícolas a nível mundial, em 2050 (In Visão 20/26 Maio 2010)

domingo, 26 de abril de 2009

O Livro Vermelho dos Vertebrados


O ICNB – Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade edita periodicamente um documento das espécies de vertebrados existentes em Portugal, com estatuto considerado preocupante quanto à sua existência presente e futura: O Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal.
Os Livros Vermelhos são considerados documentos estruturantes de uma política de conservação da natureza, constituindo uma ferramenta da maior utilidade no contexto da conservação das espécies da flora e da fauna selvagens e respectivos habitats. Por outro lado, devem constituir obras em permanente actualização, reflectindo cada edição o melhor conhecimento científico disponível. A sua elaboração deve ser considerada como uma tarefa de interesse público e mobilizadora de todos os que disponham de informação relevante e actualizada para a avaliação do estatuto das diferentes espécies, nomeadamente entre a Comunidade Científica.
Os Livros Vermelhos existentes em Portugal datam de 1990 (Mamíferos, Aves, Répteis e Anfíbios), 1991 (Peixes Dulciaquícolas e Migradores) e 1993 (Peixes Marinhos e Estuarinos) encontrando-se a sua informação desactualizada. (Fonte ICNB)
No caso das espécies Dulciaquícolas e Migradoras, considera o referido Instituto as abaixo listadas. Falta perceber – uma vez que não é referido - quais as medidas tomadas pelo ICNB para combater o estado critico de algumas espécies. A larga maioria, como se pode constatar, não partilha os seus habitats claramente de águas correntes, com as espécies exóticas principais, que frequentemente são culpabilizadas pela sua regressão populacional.

- Clique no nome para aceder à ficha da espécie Dulciaquícola e/ou Migradora constante no Livro Vermelho -
Sável - Alosa alosa
Savelha - Alosa fallax
Enguia-europeia - Anguilla anguilla
Peixe-rei - Atherina boyeri
Barbo-de-cabeça-pequena - Barbus microcephalus
Barbo do Sul - Barbus sclateri
Barbo de Steindachner - Barbus steindachneri
Boga do Sudoeste - Chondrostoma almacai
Boga-de-boca-arqueada - Chondrostoma lemmingii
Boga-portuguesa - Chondrostoma lusitanicum
Boga do Guadiana - Chondrostoma willkommii
Verdemã do Norte - Cobitis calderoni
Esgana-gata - Gasterosteus gymnurus
Lampreia-de-rio_Lampreia-de-riacho - Lampetra fluvaitilis_Lampetra planeri
Lampreia-marinha - Petromyzon marinus
Solha-das-pedras - Platichthys flesus
Caboz-de-água-doce - Salaria fluviatilis
Salmão do Atlântico - Salmo salar
Truta-marisca - Salmo trutta
Escalo do Arade - Squalius aradensis
Escalo do Sul - Squalius pyrenaicus
Escalo do Mira - Squalius torgalensis

3 comentários:

S. Ferreira disse...

Uma obra a consultar, apesar de ainda se encontrarem algumas incorrecções mais ou menos graves.
Em alguns casos a culpabilização dos exóticos é desprovida de qualquer sentido.
Conheço massas de água em que as populações de bogas se têm mantido estáveis ao longo de décadas.

Um abraço

Osvaldo Lucas disse...

O Livro Vermelho dos Vertebrados é de 2006 (http://portal.icnb.pt/ICNPortal/vPT/Artigos/Files/Livro+Vermelho+dos+Vertebrados+de+Portugal.htm?res=1024x768), pelo que a informação na página do ICN está desactualizada, embora o mesmo pareça não acontecer com as info sobre as espécies.

José Gomes Torres disse...

Sérgio, é verdade que existem incorrecções e a obra não está actualizada. Além disso, quanto aos exóticos é o que sabemos...

Osvaldo, no próprio texto do ICNB (que transcrevi para o blog) é referido que a obra não está actualizada. No entanto, é a que existe oficialmente e é a última publicada...
Mais uma falha deles...