Região dorsal é castanha-esverdeada, região ventral branca. Os juvenis apresentam manchas escuras na zona dorsal que desaparecem nos adultos. Durante a época de reprodução os machos apresentam uns curiosos tubérculos nupciais na extremidade do focinho.
Este peixe tem preferência pelos troços médios e inferiores dos rios e vive quase sempre junto ao fundo (bentónico) embora seja usual capturar insectos à superfície. Prefere zonas com pouca ou moderada velocidade de corrente, excepto na época de reprodução em que sobem os cursos de água transpondo os obstáculos com saltos espectaculares.
O barbo comum tem preferência por troços mais profundos, com mais oxigénio e substrato fino. Os juvenis ocorrem em zonas com alguma profundidade, próximas da margem e sem corrente, evitando habitats com muita cobertura arbórea.
Alimentação:
O barbo comum apresenta uma alimentação generalista e oportunista. Alimenta-se principalmente de material vegetal (plantas e algas filamentosas) e larvas de insectos aquáticos. Dentro os insectos aquáticos incluem-se as larvas de dípteros, plecópteros, coleópteros, hemípteros, moluscos e tricópteros. Ocasionalmente ingere areia, cladóceros, insectos terrestres e sementes. Os peixes de maiores dimensões alimentam-se mais alimentos vivos, incluindo lagostins e outros peixes, acabando por se tornar predadores de topo.
Porque é bastante exigente com a qualidade da água, encontra-se em declínio em algumas bacias. A construção de barragens tem levado à destruição de zonas de postura e perda de habitat. Aumento da regularização e extracção de água durante o verão. A extracção de inertes leva ao aumento da turbidez e consequente destruição das zonas de postura. A descarga de efluentes e o aumento da poluição têm sido apontados também como causas do declínio.
A pesca
O barbo pode pescar-se de quase todas as formas: à bóia, ao fundo e até com as amostras dedicadas aos achigãs, em algumas albufeiras em que se tornam particularmente agressivos e, boa parte devido à competição pelo alimento.
Na modalidade de pesca à pluma, com imitações de insectos e pequenos lagostins, torna-se um peixe especialmente interessante sob o ponto de vista desportivo, devido aos seus arranques poderosos e luta interminável, testando os limites do material e da astúcia do pescador.
Por algum motivo é considerado o bonefish português pelos pescadores de pluma…
Fonte: Carta Piscícola Nacional e adaptado.
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