"Se as várias estimativas que temos recebido se concretizarem, em 40 anos ficaremos sem peixe"

- Pavan Sukhdev, economista e consultor da ONU, sobre o eventual esgotamento dos recursos piscícolas a nível mundial, em 2050 (In Visão 20/26 Maio 2010)

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

A dourada


A dourada (Sparus aurata) é um dos peixes mais procurados pelos pescadores portugueses. Pertence à extensa família Sparidae, tal como os pargos, sargos, safias ou gorazes. Possui uma dentição muito completa, com dentes incisivos e cortantes, bem como molares destinados a esmagar com facilidade as conchas e moluscos que são a base da sua alimentação.

Têm como habitat os mares tropicais e temperados, sendo bastante abundante no Mediterrâneo e Atlântico.
As grandes douradas tendem a ser solitárias e sedentárias ou a constituir pequenos cardumes, enquanto os juvenis formam grupos de maior dimensão, sem no entanto ultrapassar elevado números de indivíduos.
Vive habitualmente junto à costa, reproduzindo-se no Verão. Pode atingir em média os quatro ou cinco quilos, havendo também notícias de exemplares de maior dimensão.

Pesca
A dourada é um peixe que pode ser pescado com uma enorme variedade de iscos e de diferentes modalidades. Desde os vermes, como a minhoca branca, o casulo, coreana, os bibis, a salsicha ou o minhocão, estes últimos característicos do Algarve, ou os crustáceos como o caranguejo pequeno ou em pedaços, o ouriço, o lingueirão, o camarão ou os ermitas, tudo serve de alimento a este peixe.
Quanto às técnicas, é mais fácil referir a importância para a sua pesca, dos locais onde marca presença, do que as técnicas em si.
Como tal, pode ser pescada nas modalidades de surf-casting, bóia, chumbadinha, embarcada, etc. desde que o local escolhido seja da sua preferência.

2 comentários:

S. Ferreira disse...

Esta dourada fugiu de uma piscicultura, GT. Muitas vezes aparecem na natureza.
Tem uma silhueta inconfundível e é mais escura. Os efeitos são complicados: contaminação genética dos exemplares selvagens.

Um abraço.

José Gomes Torres disse...

Caro Sérgio,
Sempre me surpreendeu a perspicácia de algumas pessoas na identificação de pormenores em peixes que lhes permitem concluir sem qualquer dúvida, conclusões que eu nunca consigo concluir. Surpreende-me, porque eu não sou capaz, simplesmente, apesar de lidar com peixes de vários géneros há mais de trinta e cinco anos, além de me considerar um tipo informado, quanto a peixes.
As carpas têm fisionomias brutalmente diferentes, mesmo as da mesma massa de água, tal como os achigãs, percas-sol, barbos, robalos, etc. Uns são mais alongados, outros mais alargados, escuros ou claros. Alguns são mesmo muito diferentes...
Este peixe, foi pescado num local onde já pesquei dezenas da mesma espécie, desde há vinte e alguns anos, quando me levaram a pescar safatas, nem eu sabia o que seriam esses peixes...
O objectivo deste post é simplesmente falar duma das espécies mais emblemáticas de água salgada e das suas caracteristicas.
Um abraço.