"Se as várias estimativas que temos recebido se concretizarem, em 40 anos ficaremos sem peixe"

- Pavan Sukhdev, economista e consultor da ONU, sobre o eventual esgotamento dos recursos piscícolas a nível mundial, em 2050 (In Visão 20/26 Maio 2010)

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Espécies exóticas na Natureza

Num programa com o nome Minuto Verde, que a RTP - televisão que todos nós pagamos a preços de luxo, faz questão de transmitir diáriamente e sob responsabilidade de uma associação ecologista, podemos assistir a este "episódio" francamente confuso, mesmo para quem já conhece a lenga-lenga...
De salientar a ideia final: " ...o achigã, o lagostim vermelho do Louisiana ou um Cágado da Flórida, devemos realmente ter o máximo de cuidado, se tiver algum em casa, em não o libertar na Natureza"

Aposto que há por aí muita gente com animais de estimação esquistos.

Então e a Ribeira dos Milagres, senhores, cheia de cocó das suiniculturas, não é contra a biodiversidade????? e o que é que já fizeram por isso????

Desta vez nem há direito a fotografia. Bhuuuuuuuuuuuuuuuu...

sábado, 24 de maio de 2008

Pesca para juniores


Amigo pescador, já pensou em levar uma criança à pesca?
Talvez nunca lhe tenha surgido esta ideia. No entanto, sugiro-lhe que considere esta hipótese, se tal ainda não lhe ocorreu e se tiver condições para o fazer. Este propósito pode parecer estranho, em especial para quem leva a pesca mais a sério! Pois bem, acreditem que levar uma criança a pescar, em especial se for nosso filho, além de estreitar relações, tem algo de muito especial e pode tornar-se num imenso gozo para nós, pais babosos, quando os primeiros peixes começarem a surgir. Esta experiência, que pode á primeira vista parecer inocente, tem muito de subjectivo e dá para nos fazer pensar um pouco.
Vejamos:
- Ao levarmos uma criança à pesca, estamos na perspectiva deles, a considerá-los capazes e já com idade para nos acompanhar. Sentir-se-ão mais importantes e responsáveis, porque já conseguiram atingir esse estatuto!
- Nunca se sabe se estamos a iniciar um campeão! É de pequenino que se começa, e eventualmente estamos a desperdiçar tempo!
- Levar uma criança ou um adolescente à pesca, estamos a ocupar-lhe o tempo livre e a desviá-lo de outras actividades que podem não ter nada de útil, podendo até ser prejudiciais. Dito de outra forma, é preferível este passatempo que outro pior. Para exemplo, fica a actuação do governo americano que faz publicidade nas revistas de pesca onde vem a frase: “Ferra-te na pesca e não nas drogas!” acompanhada por uma fotografia de dois adolescentes visivelmente emocionados com o salto de um achigã, que um deles está a pescar.
- Estamos a preparar mais um futuro respeitador e defensor do ambiente. Associando ao que hoje já se ensina nas escolas, com a actividade ao ar livre, encontrarão facilmente o sentido do respeito pela Natureza.
- Estamos a treinar o nosso melhor parceiro de pesca, que até mora na nossa casa! Não tem possibilidades de chegar tarde ao sítio marcado e de nos estragar logo de manhã o dia de pesca!
Como vê amigo pescador, vale a pena a experiência. No entanto, não se esqueça do seguinte: É um aprendiz! E pequeno! Evite perder a paciência, não se irrite com as “cabeleiras” no fio, não ralhe com ele. Se quiser, comece com uma pesca fácil, pouco exigente, e que de dê resultados rapidamente, como por exemplo às percas. Arranje um pretexto para lhe oferecer uma cana directa, não muito grande para não atrapalhar os movimentos, e tenha paciência …
Á medida que ele for evoluindo, comece por levá-lo aos achigãs ou outra pesca mais exigente. Tente descobrir um local onde seja fácil pescá-los, mesmo que sejam pequenos e não se preocupe que tudo está nas proporções correctas! Aproveite para o ensinar a devolver os peixes à água com respeito e delicadeza e diga-lhe o porquê desta atitude.
Se o levar à pesca de barco, não se esqueça nunca, de lhe vestir o colete salva-vidas. As crianças têm um relacionamento muito estreito com situações inesperadas.
Tenha sempre em conta que não vai pescar tanto como gostaria, vai desfazer muitos nós e vai ter que fugir de alguns lançamentos…
Afinal eles merecem todos estes pequenos sacrifícios, não é verdade? …
(Texto da minha autoria, publicado no Jornal Voz do Campo em 1999)

terça-feira, 20 de maio de 2008

1º Convívio de pesca embarcada em Montargil

Clique na imagem para ampliar

A secção de pesca do Grupo Desportivo Montargilense vai organizar o seu 1ºConvívio de Pesca embarcada ao achigã no dia 15 de Junho, precisamente na barragem de Montargil.
Para mais informações, consulte o blog do CDM ou amplie o cartaz.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

O trim ou inclinação do motor do barco


Existem pequenos truques que muitas vezes nos facilitam a vida. Muitos deles, são verdadeiros “ovos de Colombo”, que depois de os conhecermos apetece dizer: - Quem me dera saber isto há mais tempo...
Todos os motores com inclinação (trim) manual, possuem cinco furos que fazem a regulação da inclinação do motor, face ao painel de popa, onde está fixo. Estes furos permitem que um pino de regulação seja retirado facilmente de um dos furos para outro, determinando assim a referida inclinação, quando o motor está em operação. Este ajuste é de extrema importância visto que estabelece a comodidade da navegação, o consumo e a velocidade máxima.
Assim, se o ângulo da inclinação for demasiado pequeno - motor mais próximo do painel de popa, o barco fica com a proa muito mergulhada na água e tem dificuldade em atingir uma boa velocidade. Na esteira, pode verificar-se um anormal “cachão” de água a surgir alguns metros à ré. A embarcação tem dificuldade ou nunca chega a “planar”. Obviamente, o consumo devido ao esforço extra é mais elevado e a velocidade deixa a desejar.
Por outro lado, se o ângulo da inclinação for excessivamente grande - motor demasiado afastado do painel de popa, a embarcação levanta muito a proa no arranque e assim se mantêm, tendo dificuldade em começar a “planar”. Pode, apesar disso, algum tempo depois ir baixando a proa, e começar a “planar”, mas é habitual iniciar então um movimento ritmado de batidas da proa na água, mesmo sem que exista ondulação que o justifique, tornando o navegar incómodo. Esta anomalia já foi certamente observada por nós e deve-se ao facto da embarcação nunca atingir a estabilidade na navegação, uma vez que a proa tende a ficar demasiado levantada. O consumo de combustível é excessivo também, porque o comportamento do barco não é o ideal.
O acerto da inclinação faz-se com carga normal ou ideal, bem distribuída e de preferência sem ondulação e começando pelo furo mais próximo da popa. Este acerto é feito por tentativas, tentando obter o melhor resultado, numa solução de compromisso dentro dos comportamentos referidos.
O pino de ajuste deverá ser colocado numa furação que permita que o barco fique com a proa ligeiramente levantada ao navegar, mas não manifeste nenhum dos sintomas atrás referidos.
Obviamente este tipo de ajuste não existe nos motores com elevação hidráulica ajustável - o Power Trim. Neste caso deverá iniciar-se a navegação com a inclinação junto à popa, (trim todo em baixo) e depois em navegação, vai-se levantando lentamente até atingir a velocidade ideal, sem no entanto deixar que a proa bata ritmadamente na água.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Flamingos da Ria Formosa




Num dos passados fins de semana tivemos oportunidade de fotografar alguns flamingos na Ria Formosa, junto a Olhão.
Segundo os cientistas, esta bonita ave encontra-se em expansão desde a década de 80, visto que a sua presença em Portugal tem sido cada vez em maior número.
Não nidifica no nosso país, sendo apenas um visitante no periodo mais quente, vindo das regiões dos grandes lagos africanos.
Aqui ficam algumas fotos dessas aves viajantes!

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Novos fios GAMMA


Ainda em fase de lançamento e divulgação no nosso país, está uma marca de linhas de origem japonesa, fabricados pela Gamma Tecnologies, que promete revolucionar o conceito existente relativamente aos fios de pesca. Este processo, aparentemente simples é uma das respostas da ciência que está agora ainda a dar os primeiros passos, conhecida por nano tecnologia e que neste caso concreto é bastante fácil de entender: Durante o processo de fabrico é forçada a criação de ligações extraordinárias suplementares a nível inter molecular, o que não acontece numa linha normal, dando origem a um fio muito mais resistente.


Esta vantagem traduz-se em resultados reais a vários níveis:
- Maior resistência por diâmetro
- Mais resistência ao nó
- Maior resistência à tracção
- Maior resistência à abrasão
-Mais suavidade na utilização
Na pesca, a resistência destas linhas é de facto surpreendente, tornando-se numa grande vantagem em diversas situações mais exigentes, em que necessitamos de uma linha durável.
Além disso, a versão em fluorcarbono tem as vantagens já por nós conhecidas: É virtualmente invisível na água, por possuir o mesmo factor de refracção da luz que o meio aquático e é também menos elástica, o que permite uma melhor detecção dos toques, o que é vantajoso nas pescas de fundo, independentemente da modalidade praticada e em que pretendemos essa característica no fio que usamos.
É caso para dizer que as de linhas pesca “transgénicas” serão o futuro nos nossos carretos de pesca.
As linhas Gamma são comercializadas em Portugal pela Sulpesca.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Barragem de Alvito, novamente na corda bamba...

A vermelho, a provável localização do paredão da nova barragem
A verde, a ribeira de Alvito que ficará fora da nova albufeira

Depois de se saber que o local de construção da tão esperada barragem de Alvito já nunca poderá ser no sítio inicialmente previsto - nas Portas do Almourão, ficaram segundo se pode ler na imprensa regional, várias dúvidas por responder:
- Onde poderá ser concretamente a nova localização do paredão da albufeira?
- Qual a quota do paredão no novo projecto?
- Uma vez que a ribeira de Alvito, vai ficar de fora da barragem será que se mantém nome de Barragem de Alvito?
- Apesar do empreendimento ter ido a concurso público no passado dia 30, será que os privados estão interessados em investir num projecto rentável apenas a longo prazo?
E por fim, a pergunta mais importante:
- Será que há alguém interessado em investir nesta barragem?
Depois da euforia inicial das autarquias e das populações da região, caímos novamente no desencanto…

quinta-feira, 1 de maio de 2008

O carapau


O nosso conhecido carapau pertence à famosa família do Carangideos, conhecidos na pesca desportiva como peixes muito agressivos e lutadores. O carapau, apesar do seu pequeno tamanho, é efectivamente agressivo e lutador, pois ataca uma enorme variedade de iscos naturais e muitos artificiais. Embora possam ser encontradas duas espécies nas nossas águas, a mais habitual junto à costa é o carapau do Atlântico (Trachurus trachurus).
Apresenta o corpo em forma fusiforme, bastante hidrodinâmico, boca grande e espinhos dorsais. Lateralmente, apresenta uma sequência de placas ósseas características da espécie. Coloração: azul esverdeado na região lombar e branco prateado na lateral e ventre.
Pode atingir 70 cm e 2 Kg de peso. Habita predominantemente zonas tropicais e as costas da Europa, no tempo mais quente. É um peixe gregário, que nada em grandes cardumes em constante procura de alimento, em mar aberto e muitas vezes perto da superfície. Podem no entanto ser encontrados junto à costa, nos portos e molhes, em especial à noite, onde procuram pequenos peixes, crustáceos e invertebrados para alimento.
Podem ser pescados à bóia a partir de terra onde a utilização de engodo de sardinha pisada pode fazer a diferença com mais alguns aditivos que vão da areia da praia ao granulado para galinhas. A partir de terra ou de barco e com o mar calmo, podem muitas vezes ver-se cardumes a alimentar-se à superfície, frequentemente em conjunto com as cavalas, o permite pescá-los à pluma com pequenos streamers, numa modalidade extremamente desportiva, pela luta que proporcionam com material light.
Outra forma de pesca, embarcada e em locais mais fundos é com os conhecidos “radares” ou “metralhadoras”. São montagens de cinco ou seis anzóis, com pequenos iscos artificiais que são largados e abanados de forma a produzir movimento. É habitual a captura de vários exemplares em simultâneo nesta modalidade.
No entanto, cabe referir o que estipula a Portaria nº 868/2006 de 29 de Agosto relativamente à Pesca Lúdica no seu artigo 2º, alínea c) ” Corripo ou corrico: o aparelho de anzol constituído por uma linha simples com até três anzóis ou amostras que podem ter acoplados anzóis triplos tipo fateixa, que é rebocado à superfície ou sub-superfície por uma embarcação ou a partir da costa”.
Por isso será recomendavel que sejam retirados dos iscos que ultrapassam este número, estipulado pela lei.